Diagnóstico do Linfedema

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O diagnóstico de linfedema pode ser obtido através de critérios subjetivos e objetivos, sendo realizado, na maioria dos casos, através da avaliação e do exame físico.

A pessoa que apresenta linfedema costuma relatar sensação de peso e de tensão no membro afetado. Normalmente, os pacientes observam as primeiras mudanças, através da dificuldade em colocar anéis, pulseiras e relógios ou ao vestir roupas e meias. Outras alterações percebidas se relacionam à aparência da pele, que se torna esticada, com ausência de dobras cutâneas, e com sensação de espessamento e tensão.

Pacientes que relatam sintomas subjetivos de linfedema podem não apresentar linfedema ao exame físico, entretanto essa discordância não pode excluir o diagnóstico ou o potencial de progressão do linfedema.

O diagnóstico da doença é basicamente clínico e os estudos de imagens, como tomografia e linfocintilografia, têm como objetivo confirmar a suspeita diagnóstica, detectar locais de má formação linfática, neoplasia e excluir outras causas de aumento do volume do membro.

Entre os critérios objetivos usados na determinação do linfedema, podemos citar:

Perimetria ou cirtometria: a medida da circunferência do membro é o método de maior utilização no diagnóstico de linfedema. Esta técnica inclui a mensuração da circunferência em tuberosidades ósseas ou a medida de segmentos eqüidistantes do braço ou perna. O membro contralateral é usado como controle.

É o método tradicional mais utilizado por fornecer uma estimativa do tamanho excessivo do segmento comprometido se comparado ao segmento normal. É realizada a medida da circunferência do membro, geralmente com medidas de 10 em 10 cm acima e abaixo do cotovelo ou do joelho.

É definida a presença de linfedema quando houver a diferença de 2 cm ou mais na circunferência de um membro em relação ao outro.

Volumetria: é realizada a imersão do membro em um cilindro milimetrado com água, observando-se a diferença da quantidade de água deslocada entre o membro afetado e o normal.

Tonometria: A tonometria é um método simples, não invasivo, que mede quantitativamente o líquido nos tecidos através de uma compressão. O tonômetro baseia-se na medida de uma deformidade produzida. O peso do medidor produz no tecido uma depressão que desloca o líquido do local e essa depressão é medida em cm3

Bioimpedância elétrica: A impedância elétrica é um método útil na avaliação da composição corporal baseado na mensuração das propriedades elétricas do corpo humano. A impedância do corpo varia o fluxo na corrente elétrica e o principal material condutivo é a água. É um procedimento não invasivo, onde uma corrente elétrica é passada em um segmento corporal.

Linfocintilografia: É realizada pela injeção de radiofármaco na extremidade dos membros. A linfocintilografia é atualmente defendida como o principal teste diagnóstico para o sistema linfático periférico, permitindo a visualização de vasos linfáticos e linfonodos, bem como a quantificação do transporte linfático.

O estudo linfocintilográfico é considerado normal se discretos canais linfáticos drenarem a extremidade do membro e se os linfonodos regionais forem visualizado em até 1 hora.

Ressonância magnética: pode ser utilizada para o diagnóstico diferencial do edema. A ressonância magnética pode ser importante na identificação dos linfonodos, pois amplia os troncos linfáticos e na diferenciação das várias causas de obstrução nos linfedemas secundários. Esse não é o método de primeira escolha para avaliação do linfedema pois é um exame complexo e oneroso.

Tomografia computadorizada: É um equipamento computadorizado que utiliza radiação (raios – x) para a obtenção de imagens. Oferece uma definição anatômica da localização do linfedema e pode identificar o espessamento da pele em mm. A tomografia apesar de ser um exame mais rotineiro que a Ressonancia magnética, não é imprescindível para a avaliação dos pacientes com linfedema. Cabe ao médico julgar cada caso e pedir os exames necessários.

Linfangiografia indireta: visualiza o local do sistema linfático superficial e troncos linfáticos. Também pode ser útil na avaliação da anatomia linfática anterior a cirurgia reconstrutora, assim como na avaliação da anatomia linfática em pacientes com alterações localizadas e é mais um auxílio na apresentação de linfedemas complexos.

Ultra-sonografia: é um instrumento não invasivo complementar para avaliação do membro. Em pacientes com linfedema, é observado o espessamento cutâneo e presença de liquido e fibrose no tecido subcutâneo.

Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi
Doutoranda em Oncologia- subárea linfedema
Especialista em Fisioterapia Onco-funcional pela ABFO-COFFITO
Especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pelo A.C Camargo Cancer Center
Formação Internacional pelo Método Vodder EUA
Especialista em Terapia Linfática
Especialista em Saúde da Mulher pela FSP-USP
Especialista em Acupuntura pelo CBES
Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI pelo A.C. Camargo Cancer Center
Coordenadora científica e de cursos do portal Oncofisio
Diretora da clínica Fisio Onco www.fisioonco.com.br

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